sexta-feira, fevereiro 24

Tecnologia na educação


Depois de prefeituras e governos estaduais receberem ou adquirirem cerca de 574 mil laptops por meio do Programa Um Computador por Aluno (UCA), o Ministério da Educação (MEC) acena com a possibilidade de inserir os tablets nas salas de aulas das escolas públicas brasileiras. Especialistas concordam que o sucesso do uso das tecnologias em educação não depende apenas da plataforma utilizada, mas sim da forma como a escola irá inserir essas ferramentas no aprendizado e também dos conteúdos digitais disponíveis.
A diretora da Fundação Pensamento Digital, Marta Voeclker, aponta que a escola pode "mudar de paradigma" a partir da tecnologia. Ela ressalta que o uso das máquinas - seja um computador, laptop ou tablet - pode transformar a lógica do aprendizado. Alunos deixam de ser meros "recebedores" de conteúdo e podem evoluir para autores. "A tecnologia nos ajuda a sair de uma educação por instrução e memorização para uma educação de construção e colaboração. Uma tecnologia que a criança use a imagem, escreva e formalize ali seu entendimento. Se tenta mudar a escola há 100 anos e a tecnologia vem ajudar nisso", explica.

Sob esse ponto de vista, Marta defende que o "hardware" não importa tanto. O essencial é ter à disposição ferramentas que possibilitem um uso educacional de laptops e tablets para que as máquinas não sejam meros reprodutores dos conteúdos que já estão nos livros didáticos. "A escola vai aos poucos se tornando digital, os professores estão fazendo blogs, a gente se apropria das redes sociais, mas não há algo pensado para a escola que precisa de uma transição para a época digital", aponta.

A especialista no uso das tecnologias da educação ressalta, entretanto, que essa transição da escola analógica para a digital precisar ser feita aos poucos. Leva tempo e exige uma reflexão da sociedade a respeito do que se espera da escola. "Quando o educador começa a trabalhar esses projetos chega um momento que o sistema não reconhece o que ele está fazendo. Isso está acontecendo em todo o mundo. No Brasil nós temos um ambiente mais propício à mudança, até do ponto de vista da legislação. Mas é uma mudança grande porque aí chegam as avaliações que hoje ainda se baseiam muito na memorização", diz Marta. "O que precisava é de um pensamento estratégico dentro do governo para pensar esse assunto a longo prazo", completa.
Para Ilona Becskeházy, diretora da Fundação Lemann, a primeira e principal estratégia é buscar conteúdos pedagógicos que possam ser acessados por meio dos equipamentos. "Se você não selecionar conteúdo de alto padrão, tanto faz se é papel, lousa, ou tablet. E isso a gente não faz no Brasil. A lógica deveria ser: primeiro você busca o conteúdo e depois você procura como é a melhor maneira de distribui-lo. Se ele for bom pode ser até um mimeógrafo", critica.
Em 2012, pela primeira vez, o edital publicado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a compra dos livros didáticos que são distribuídos às escolas públicas do País inclui os chamados "objetos educacionais complementares aos livros didáticos". Isso significa que as editoras poderão apresentar conteúdos em formato digital que, se aprovados, poderão ser adquiridos pelo governo para uso na rede pública.

Tecnologia nas escolas: giz e quadro negro não têm mais vez

Uma sala de aula como essa, com um laptop para cada aluno, ainda é realidade distante da maioria das escolas do Brasil. O índice de inclusão digital do país é baixo, e segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios realizada pelo BGE, mais de 100 milhões de pessoas acima dos dez anos de idade nem sequer têm acesso à web. Isso representa mais da metade dos brasileiros com essa idade. Mas as novidades para o setor educacional não param de surgir e embora o nosso sistema ainda seja bastante atrasado em termos de tecnologia, as iniciativas mostram que há uma preocupação constante nessa área.Um dos destaques são as carteiras de aula informatizadas. 
O hardware fixado à cadeira é uma forma de garantir a segurança e previne roubos dos computadores usados em sala de aula. E quando dobrado, o móvel volta a ser uma carteira normal, ocupando bem menos espaço.“Essa carteira ela usa um equipamento interno que seria a parte do computador que se chama “Teen Claint”, esse equipamento não tem como ser utilizado na casa. Vamos supor que acontecesse de alguém assaltar a escola e querer levar esse equipamento para a casa, ele só funciona em rede, então quem roubou isso não vai ter uma rede para usar isso fora da sala de aula, ou seja, ela só tem utilidade mesmo em sala de aula”, explica Maurício Oppitz, Diretor da Opptis Soluções Tecnológicas.A estrutura do equipamento também é adaptada para o uso de portadores de deficiência física. E ainda com a ideia de inclusão, um sistema conecta a lousa digital a um tablet e permite que o professor passe as informações aos alunos de onde ele estiver.“Por um desafio de um cliente, nós acabamos migrando para uma linha de produtos para pessoas com necessidades especiais, onde houve o surgimento da carteira informatizada para cadeirante, então, essa carteira tem uma regulagem de altura, tem um espaço para a entrada do cadeirante, então ele consegue ficar tranqüilo e ergonomicamente correto junto à carteira. Da lousa digital, a gente tem o tablet também, que foi uma intenção de trazer o professor cadeirante para a sala de aula. Então, o professor pode andar por toda a sala e com esse tablet ele pode retornar a atividade de professor”, diz Nuno Berte, Gerente de Vendas da Oppitz Soluções Tecnológicas.Um item que promete deixar para trás o tradicional sistema de lousa e giz e tem se desenvolvido cada vez mais são as lousas digitais.
 Esse software de realidade 3D, por exemplo, mostra com precisão detalhes do corpo humano e do sistema solar. E os professores garantem: isso ajuda muito no aprendizado.E já pensou em fazer um curso e receber o comprovante da conclusão na mesma hora, já com a sua foto tirada na formatura? Os certificados digitais, além de garantirem a autenticidade do material por usarem o mesmo sistema de impressão das notas de dinheiro e passaportes possibilitam que o estudante receba o documento instantaneamente. Basta que ele tire uma foto e forneça sua impressão digital .“Alí você faz a captura de quem você desejar e você faz a impressão do certificado com o papel de segurança na hora. Então, o aluno sai com o certificado da colação de grau, no mesmo dia.
 A gente faz a coleta dos dados na hora e faz a impressão do papel de segurança, na hora”, explica Sérgio Ricardo Medeiros, Gerente Nacional de Vendas da Thomas Greg & SonsEssas novidades são só uma amostra dos desenvolvimentos tecnológicos que devem invadir as salas de aula nos próximos anos. Em nosso site você encontra uma série de matérias que falam sobre tecnologia aplicada à educação. Corra lá, faça uma busca em nosso acervo e fique por dentro do assunto! E aproveite para conhecer, também, o projeto Elementos. Trata-se de um curso gratuito via Internet, para preparar os professores para saber como lidar com a tecnologia na sala de aula. Vale a pena conferir.

fontes:terra e rita-santos

Um comentário:

  1. http://r9.fodey.com/2200/85b05df213e84cdd9bb8bd58ff52325b.0.gif

    ResponderExcluir